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Sônia Menna Barreto: na eterna busca pela perfeição

Única brasileira a ter obras na Royal Collection, Sônia busca  percorrer novos caminhos da arte

Mesmo com mais de 30 anos de experiência e reconhecida como uma das maiores artistas plásticas do Brasil, Sônica Menna Barreto ainda busca novos caminhos para seu trabalho. Recentemente, lançou uma edição especial de bombons, que levam sua assinatura, em parceria coma doceira Paty Piva. “Os bombons fazem parte do segmento do licenciamento. Também estou com a Venitian Collection, pratos, xícaras e taças especiais para degustação. Também fui convidada para criar uma coleção de jóias para a Corsage, com lançamento previsto para o final de outubro.”

Na área da pintura, Sônia está preparando uma exposição de telas-objeto. ”É um caminho natural, quase que uma preparação pessoal para a escultura”, diz a artista, que também pretende lançar um livro infantil e iniciar sua carreira como escultora.

O talento de Sônia Menna Barreto chamou a atenção quando ela ainda era criança. Logo ela ingressou em cursos de arte e foi aluna de pintura de Waldemar Costa (artista premiado na Bienal de São Paulo). Em 1980, começou a freqüentar o ateliê de Luiz Portinari, irmão de Cândido Portinari, onde encontrou suas grandes influências: Max Ersnt, De Chirico, Magritte e Paul Delvaux, artistas surrealistas consagrados (todos filiados à AUTVIS). “Desde muito pequena, me encantava com as entrevistas do Salvador Dalí, com toda aquela mise-en-scène peculiar dele!”, conta a pintora, que tem seu estilo relacionado ao surrealismo, mas tem um estilo próprio.

Em seus quadros destacam-se a técnica virtuosa e as imagens, que parecem passar os limites da tela, como nas obras Torre de Papel e Lápis de Tróia, que podem ser vistas na galeria da artista no site da AUTVIS: http://www.autvis.org.br/galeria/ver/id/6/SôniaMennaBarreto.

Essa sensação é um dos resultados da técnica flamenga, que permite uma variedade de gradações luminosas e uma sutileza de texturas, usando tinta a óleo. Já a inspiração pode surgir de um simples objeto. “Com uma idéia mais ou menos formatada no virtual, parto para a pesquisa, depois o desenho, a simbologia – porque gosto de levar quem vê a obra por um caminho de descobertas não tão explícitas –, a maquete e, finalmente, as cores.”

A obra de Sônia não ficou restrita ao Brasil. Em 1991, ela fez sua primeira exposição no exterior, em uma grande galeria de Nova York. O ponto alto da carreira fora do País foi em 2002, quando uma das obras da brasileira, o quadro Leonard Cheshire, foi integrada ao acervo da Royal Collection, uma das coleções de arte mais importantes do mundo, que pertence à família real britânica. A própria artista confessa que foi difícil acreditar nessa notícia. “Foi um acontecimento genuinamente surrealista. Afinal, quantos brasileiros já tiveram uma cerimônia na sala principal do Palácio de Buckingham só para ele?”

Associada da AUTVIS há mais de três anos, para Sônia, a informação é fundamental para que as pessoas valorizem as artes no Brasil. “Ainda hoje, as pessoas acreditam que, ao comprar uma obra, adquirem automaticamente o direito da imagem. Por que a maioria sabe que a obra de um escritor ou de um músico tem direitos autorais? É fruto de divulgação e de sindicatos atuantes. Quanto mais se falar no assunto, mais as pessoas darão valor à criação intelectual dentro da arte”, comenta. “A AUTVIS é uma das primeiras organizações no Brasil a ter um enfoque para as artes plásticas, que cuida e zela para que o direito intelectual do artista seja preservado e respeitado.”

Autor: Ariett Gouveia

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