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04 de Fevereiro de 2015
Oscar Niemeyer.
©NIEMEYER, Oscar/ AUTVIS
Catedral de Brasília. Brasília, DF, Brasil
Considerado um dos nomes mais importantes da arquitetura mundial, Oscar Niemeyer (1907-2012) nos deixou um vasto legado, que tem sido preservado com muita dedicação e empenho pela Fundação Oscar Niemeyer desde 1988. Seu nome também faz parte da lista de autores visuais com direitos protegidos pela AUTVIS.
A visão inovadora do arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu em 2012, aos 104 anos de idade, está registrada em suas obras. Só o fato de conseguir romper com a filosofia da época, que buscava a padronização por meio de estruturas pesadas, vãos curtos e linhas retas, fez com que ele entrasse definitivamente para a história com projetos revolucionários.
©NIEMEYER, Oscar/ AUTVIS
MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói-RJ
Desde o início, Niemeyer buscava uma arquitetura mais orgânica, aliada às formas da natureza. Sua maior inspiração estava em elementos como Pão de Açúcar. Essa postura foi a responsável por colocá-lo na dianteira do modernismo brasileiro, imprimindo formas únicas em suas obras. Linhas, antes retas, transformaram-se na obsessão curva do arquiteto, desmistificando uma tradição milenar da arquitetura.
Suas obras mais icônicas são um retrato dessa paixão que, segundo o próprio, vinha dos elementos que ele via: as sensuais curvas da mulher brasileira e da rica geografia do país. Além da construção de Brasília, Niemeyer deixou sua marca impressa em diversas capitais brasileiras, entre elas o Rio de Janeiro, cidade onde nasceu, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, onde podem ser vistas obras como o Auditório Ibirapuera, o Memorial da América Latina, o Sambódromo e o Edifício Copan, todos seguindo esse pensamento. O arquiteto também assina outros 25 projetos ao redor do mundo, incluindo países como França, Estados Unidos, Israel e Argélia.
©NIEMEYER, Oscar/ AUTVIS
Centro Cultural de Le Havre. Le Havre, França
O arquiteto também chegou a desenhar alguns móveis na década de 1970, todos produzidos em parceria com a falecida filha, Anna Maria Niemeyer. Inspirado pelas técnicas de laminação, colagem e prensagem, muito utilizada nos móveis suecos, Niemeyer levou suas formas para o design de interiores, mostrando que sua vida não era feita só de concreto.
Além disso, também emprestou sua inspiração para ilustrar páginas de livros, como a “Moça Deitada na Grama”, de Carlos Drummond de Andrade e passeou pela área dos desenhos e das gravuras. Faz parte do acervo deixado por Niemeyer, além das obras concluídas, uma rica coleção de croquis e desenhos originais de 342 projetos.
A genialidade do arquiteto também foi representada no cenário da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes.
Para preservar toda essa memória, a Fundação Oscar Niemeyer tem atuado, desde 1988, como um centro de informação e pesquisa voltado para a difusão da arquitetura, urbanismo, design e artes plásticas no País. Mais de 8 mil documentos, produzidos entre os anos de 1938 e 2005 já estão sendo disponibilizados em formato digital pela fundação.
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Autor: Linhas Comunicação