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Perfil: Luis Castañón

Geometria informal. Muitos não conhecem essa linguagem artística, mas ela está presente em diversas produções do artista plástico Luis Castañón. Suas obras apresentam linhas retas, diagonais e curvas, que são produzidas de forma espontânea. Os resultados, segundo ele, não são símbolos ou signos propriamente ditos. “O que tento passar em minhas pinturas é uma similaridade, quase sempre vinculada com a mitologia de culturas distintas do passado e do presente”, explica.

Essa liberdade de expressar ideias faz parte do estilo de Castañón. “Eu me sinto plenamente à vontade para fazer o que quiser, sem ficar preso a qualquer técnica, embora minha pintura seja abstrata”, diz o artista. Ele afirma que não tem interesse em representar objetos conhecidos, que simulem a realidade. “Isso eu faria melhor e mais rápido através da fotografia, por exemplo”, justifica.

Seus projetos para 2009 estão em andamento. Ainda para esse ano, ele pretende reeditar duas exposições coletivas: uma de desenhos e outra sobre objetos idealizados por artistas e produzidos em escala industrial, que vão de livros a rótulos de vinho ou sabonetes. Além disso, Castanón pretende realizar obras com gravura, técnica que deixou de utilizar há muito tempo. Já para 2010, estão em seus planos organizar uma exposição individual de suas produções.

Associado da AUTVIS há três anos, Castanón ressalta a importância da entidade na defesa dos diretos autorais dos artistas. “Tive uma pendência para resolver com uma editora que se estendeu por mais de ano, mas bastou uma intervenção da AUTVIS para o caso ser resolvido”, destaca. Para ele, artistas geralmente não pensam na indústria cultural ou na produção em escala industrial durante suas criações. Isso, acrescido à falta de informações sobre os próprios direitos, pode acarretar em desvalorização do próprio trabalho, justamente a fonte de rendimento do artista. “O mundo mudou e temos que nos adaptar às novas regras, aprendendo inclusive a respeitar e a usufruir os benefícios da lei do direito autoral. Hoje, com as redes de computadores, por exemplo, nós não temos controle sobre o que está sendo veiculado, copiado ou publicado sem autorização”, afirma.

Autor: Gabriel Perline - Linhas&Laudas Comunicação

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