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Frida Kahlo e Diego Rivera: paixão, dor e arte

 

Frida Kahlo e Diego Rivera são representados pela AUTVIS.


‘’Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar”. As últimas palavras escritas por Frida Kahlo em seu diário muito revelam sobre a sua vida. A dor onipresente, a intensidade de suas paixões, e o amor por Diego Rivera aparecem em marcas fortes em sua obra. Seu corpo, frequentemente retratado, nunca correspondeu a sua ânsia de viver. Poliomielite, acidente, cirurgias, amputação e, finalmente, embolia pulmonar contrastavam com a alegria, a intensidade e a criatividade de Frida.


Em suas telas, sangue, artérias, ossos. Motivos tristes e fortes em oposição às cores poderosas. A vida e a arte se entrelaçavam. Frida Kahlo nasceu em 1907, na Cidade do México. Aos seis anos, teve poliomielite. Em 1925, sofreu um grave acidente de ônibus que a deixou à beira da morte e com sequelas. Começou a pintar durante a reabilitação. Sua mãe colocou um espelho no alto de sua cama e adaptou um cavalete para a pintura. Ali, começava a coleção de autorretratos.


Dois anos mais tarde, Frida levou algumas telas para Diego Rivera. Ela buscava uma crítica verdadeira de suas pinturas. Rivera percebeu o grande talento de Frida e a estimulou a continuar exercitando sua arte. Pouco tempo depois, eles se casaram, e Frida acompanhou Rivera em seus muitos compromissos fora do país. Ele pintou em São Francisco, Detroit, China e, claro, no México.


Rivera, membro do Partido Comunista, dedicou boa parte de sua vida a produzir murais. Todo seu trabalho tinha forte cunho político ideológico. Um dos mais famosos episódios de sua carreira foi um painel no Rockfeller Center, em Nova Iorque – destruído antes de terminado. Rivera havia feito uma crítica ao capitalismo no país símbolo do liberalismo econômico. No desenho havia até o retrato do marxista Leon Trotsky.


Trotsky, inclusive, protagonizou outro episódio na vida do casal. O bolchevista foi recebido por Diego e Frida no México, fugindo da perseguição de Stalin. Na ocasião, Trotsky teve um relacionamento amoroso com Frida. O casamento dos pintores foi sempre conturbado. Ambos tiveram inúmeros casos extraconjugais. Rivera se envolveu até com a irmã de Frida, Cristina.


Frida Kahlo recebeu reconhecimento internacional. Sua primeira exposição individual foi em Nova Iorque, em 1938. No ano seguinte, expôs em Paris. Ela foi a primeira artista mexicana a apresentar seu trabalho no Louvre. Na Europa, teve contato com artistas como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, e Max Ernst, todos representados pela AUTVIS. Apesar disso, ela só expôs no México em 1953.


A versão oficial dá conta que Frida Kahlo morreu de embolia pulmonar, em 1954. No imaginário popular, no entanto, ela pode ter sido envenenada por alguma amante de Diego. Ela deixou mais de uma centena de obras. Embora a casa em que vivia com Diego Rivera tenha se transformado em um museu em memória do casal, a maior parte do trabalho deles se encontra no museu Dolores Olmedo, situada em Xochimilco. Rivera faleceu em 1957.

Autor: Linhas Comunicação

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