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12 de Agosto de 2013

Vanda Ramirez apresenta os maranhos e azurados

Para obter a seda de melhor qualidade, o casulo da lagarta é cozido em água fervente. No entanto, quando ele é rompido pela borboleta, o resultado é uma seda de segunda qualidade: os “maranhos”. Esse produto imperfeito e natural é a principal inspiração da artista plástica Vanda Ramirez, filiada à AUTVIS. Por meio de suas telas, a pintora explora os vários momentos da vida: o nascimento, a alegria, a euforia, entre outras. “Busco no meu trabalho provocar um diálogo, uma emoção ou uma simples curiosidade, conseguir prazer de uma observação”, explica.

O principal detalhe que salta aos olhos no trabalho de Vanda são as linhas, feitas à tinta a óleo. “O leque de possibilidades que a linha nos abre não tem fim e isso me fascina”, diz. A artista define sua técnica como “azurado”, e explica: “Este é o nome dado a um fundo de linhas paralelas e equidistantes para impedir rasuras em um documento, uma marca d’água – a minha marca”.

Vanda nasceu na primavera de 1947, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Foi com o avô, fotógrafo da Companhia Siderúrgica Nacional, que teve os primeiros contatos com a arte. Em 1972, a artista se formou na Escola Nacional de Belas Artes, da UFRJ. Nos anos seguintes, lecionou artes plásticas e criou cenários e figurinos para teatro infantil.

Mais tarde, em São Paulo, Vanda estudou com o alemão Walter Levy, mestre do surrealismo no Brasil. “Ele foi a pessoa mais importante na minha formação”, conta. “Aprendi a observar a beleza das formas, os grandes espaços com pouca profundidade, a leveza, transparências, a elegância das formas longas e fazer um bom estudo antes de pintar”, lembra.

Quanto ao mercado artístico, Vanda é otimista e realça a importância das trocas geradas nos eventos. “Com as feiras e os novos colecionadores temos outras formas de relacionamentos, aquisições e conhecimentos”, diz.

Para conhecer mais o trabalho da artista, acesse a galeria AQUI.

Autor: Linhas Comunicação

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