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25 de Setembro de 2012

O teatro virou tinta no pincel

© Rodante, Fernanda / AUTVIS, Brasil, 2012
Obra:Se você quiser dançar, senhor condinho, a guitarra eu vou tocar, 2012
Foto: Andre Jackson

 

 

“O palco é um lugar mágico, onde tudo pode acontecer!” A afirmação da artista plástica Fernanda Rodante, filiada da AUTVIS, traduz o fascínio pela magia dos balés e das óperas teatrais que inspiraram sua 3ª exposição individual, Do Palco à Tela. O trabalho ficou em cartaz na Assembleia Legislativa de São Paulo, de 3 a 15 de setembro. Entre os espetáculos que ganharam as cores e o pincel da artista plástica paulistana, 36 anos, estão o musical da Broadway Man of La Mancha, as óperas La Traviata, de Giuseppe Verdi; Carmen de Bizet e o Barbeiro de Sevilha, de Rossini. Das vinte obras produzidas, dezenove eram inéditas e sete já foram vendidas.

 

Formada em Psicologia, Fernanda Rodante pinta desde os 21 anos. Atualmente, se dedica às pinturas e vive imersa num ambiente de criação e arte. Casada com o músico Daniel Giffoni, Fernanda conta que para produzir as obras da exposição Do Palco à Tela ela se inspirou na paixão pelo teatro e nas cantorias de barítono do seu marido.

 

Após o convite do amigo Emanuel Von Lauestein Massarani para expor na Assembleia, a artista estudou os balés, as óperas selecionadas e decidiu se aprofundar no assunto. A partir daí, deu vida aos quadros. “Constatei que a maioria desses enredos operísticos são cheios de escândalos, egoísmos, mexericos, falta de compaixão e frustrações, mas as músicas são lindas e conseguem transmitir uma moral, uma lição. Assim, procurei sentir a essência de cada mensagem e transportar essa sensação para as pinceladas”, divide a artista.



 

Trajetória Artística

O quadro da artista que fez mais sucesso foi a encomenda do poeta americano Patrick Gleesing. Ele solicitou à Fernanda uma releitura de uma das obras mais famosas e reconhecidas de Michelangelo, Pietá. O original representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. Na releitura, porém, Maria dá espaço a Buda, que carrega Jesus nos braços. A artista conta que o resultado não poderia ter sido mais gratificante. “Uma pessoa me agradeceu por colocar numa imagem algo que tentava explicar para o filho em palavras, mas não conseguia. E a minha ambição era essa: mostrar que todas as crenças devem se relacionar com respeito e harmonia, que elas convergem e podem coexistir em paz, com reconhecimento e reverência”, explica Fernanda.

 

A primeira exposição individual de Fernanda Rodante foi “Descobrindo o Branco Brasil”, no Espaço Imagem e Forma, em São Paulo, no ano de 1999. Depois expôs "Bandeiras", no Espaço Cultural Conjunto Nacional, em 2009, e este ano, Do Palco à Tela. Entre as coletivas podemos citar “Mãos da América” (2011); "ChapelArt Show" (2003, 2010 e 2011); "Eroscivilização" (2010); "Uma viagem de 450 anos" (2004) e "Sociarte" (2002 e 2004).


 

Autor: Linhas Comunicação

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