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Papel reciclado compõe a obra de Zazá Jardim

 Zazá Jardim - Obra Debut, produzida com pigmentos de Lascaux

 

 

Tudo que ela toca vira arte. Recicla, amassa, cria, refaz e desfaz. A artista plástica Suzana Jardim funde a vida com a própria criação. Inspirada na natureza e guiada pela técnica de reciclagem, Zazá trabalha com papel artesanal e fibras de celulose. Intensa, enérgica e atuante, ela mergulha no ser humano para criar. “Somos uma obra de arte cheia de patrimônios. Aprendi que a gente nasce todos os dias. Basta você estar disposto a morrer e renascer quando a vida precisa ser reciclada”, reflete Zazá Jardim.

 

A artista nasceu em agosto de 1969, “no dia do festival mais famoso do mundo, o Woodstock”, destaca Zazá em tom de brincadeira. Sempre teve interesse nas artes plásticas. Aprendeu muito por meio de pesquisas, impulsionadas pela curiosidade. Mas foi Diva Buss, brasileira renomada no assunto há mais de 30 anos, que direcionou a arte de Zazá para a reciclagem, o que determinou o rumo de sua carreira.

 

Depois de aulas e oficinas com a mestra do papel artesanal, passou por uma experiência intensa de criação durante a Bienal de São Paulo no início do século XIX, quando desenvolveu o Papiro Brasileiro. O material foi criado a partir do manuseio das fibrilas celulósicas (pequenas fibras de celulose) para gerar um papel denso e texturizado. “Ele me permite ter alta gramatura. Além disso, trouxe à tona a argila celulósica, que também é um desdobramento da fibrila celulósica como matéria prima. Com esse material, é possível realizar esculturas em outras dimensões”, explica a artista.

 

E é assim que o trabalho de Zazá vem ganhando a atenção de público e crítica no Brasil e no mundo. Recentemente, realizou duas exposições importantes na França: a mais recente na Salle Roger Delpy = Zézé à Chartrier Ferrière, no Estado de Limousin e, em junho, suas obras ocuparam o badalado Carrousel du Louvre.

 

Filiada à AUTVIS, Zazá Jardim acredita que ao zelar pelos direitos autorais dos artistas, a instituição valoriza o trabalho daqueles que dão a vida produzindo o que acreditam. “Considero de suma importância termos um suporte e apoio de um grupo comprometido. Investimos tempo, talento, materiais, espaço, saúde, articulação, montagem, divulgação, manutenção de acervo, acabamento e atendimento”, afirma.

 

A despeito das dificuldades, o trabalho de Zazá segue de vento em polpa. “A prioridade é o cuidado com o planeta e com o processo de reciclagem. A industrialização e a eliminação de resíduo estão em pauta no mundo. A partir de 2013 novas informações surgirão sobre o assunto”, ressalta.

 


Curiosidade!


Bituca vira arte.

Zazá Jardim desenvolveu uma técnica de reaproveitamento das bitucas de cigarro. Denominada Biotuca, a tecnologia permite a utilização de uma parte do resíduo do material na composição de algumas obras de arte da artista, a partir do manuseio dos papéis porosos. Além disso, é uma excelente alternativa de reaproveitamento de um material que certamente só causaria impactos negativos ao meio ambiente. O resto é solução científica de resíduo que é tóxico e portanto são eliminadas.


  VEJA OBRAS DE ZAZA NA GALERIA DA AUTVIS.

Autor: Linhas Comunicação

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